terça-feira, 25 de setembro de 2012

Eu não sou de ninguém

‎"Eu não sou de ninguém 
Quem me quiser há-de ser luz do Sol em tardes quentes;
Nos olhos de água clara há-de trazer
As fúlgidas pupilas das videntes!

Há-de ser seiva no botão repleto,
Voz no murmúrio do pequeno insecto,
Vento que enfurna as velas sobre os mastros
Força viva, brutal movimento
Há-de ser Outro e Outro num momento

Astro arrastando catadupas de astros"

Florbela Espanca

 Hipparchia semele, Lousã (23-IX-2012)

 Hipparchia semele, Lousã (23-IX-2012)